
Por Nelson Neves - Pedagogo, Pós-graduado em Coordenação Pedagógica, Escritor de Literatura Infanto-Juvenil e de Romance
No tempo de outrora, os garotos costumavam frequentar algumas festas. No dia seguinte, as conversas eram agradáveis para uns e desagradáveis para outros. Agradáveis para os que namoravam e desagradáveis para os que não conseguiam conquistar uma garota. Sempre havia zombarias. Não namorar era considerado o pior que podia acontecer àqueles que viviam essa situação.
Com o passar dos anos, as pessoas envelhecem e, naturalmente, tornam-se mais preguiçosas; por isso, já não têm tanta vontade de ir a festas (sem querer generalizar). Isso é especialmente positivo para aquelas que não possuem muita disposição para participar de eventos festivos, especialmente o que, certamente, é o mais popular de todos: o carnaval. Ao falar sobre o carnaval, uma pergunta deve ser feita: é uma festa ou um campo de guerra?
Antigamente, após as festas, era normal e natural falar sobre as paqueras. No entanto, após o carnaval, infelizmente, não é assim. O balanço pós-carnaval é do tipo: os casos de AIDS aumentaram 20%; 85 pessoas foram assassinadas; 1.370 pessoas foram hospitalizadas por overdose; 85 pessoas morreram nas estradas; 1.370 pessoas foram hospitalizadas por agressão física; 1.223 pessoas foram presas por diversos crimes... Isso não me parece um relato pós-festa, mas sim pós-guerra.
Durante o carnaval de 2024, o canal de denúncias "Disque 100" registrou mais de 73 mil violações de direitos humanos, um aumento de 38% em relação ao ano anterior.
Diante desses números, é compreensível a preocupação com a segurança durante o carnaval. Portanto, ao participar dessa festividade, é importante tomar precauções e estar ciente dos riscos envolvidos.
Mas fica a dica de ouro que vale bilhões de dólares e deixo de graça em nome da vida e de outras coisas mais...
Quando for ao carnaval, despeça-se das pessoas que ama ou seja mais inteligente: não vá à guerra em que o carnaval se tornou, pelo menos até que os chamados de seres humanos se tornem realmente humanos. Mas, se isso acontecer, o carnaval deixaria de existir







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